24 e 25 de setembro vamos exigir uma Ministra que sirva o SNS
O Ministério da Saúde da Ana Paula Martins agravou o caos instalado no Serviço Nacional Saúde (SNS) e empurra assim os médicos para dois dias de greve nacional, para todos os médicos, a 24 e 25 de setembro, e uma manifestação nacional no dia 24 de setembro, às 15h00, em frente ao Ministério da Saúde, a que se somam a outras formas de luta.
Os médicos são empurrados para dois dias de greve nacional face à total ausência de soluções por parte do Ministério da Saúde (MS) de Ana Paula Martins para a melhoria das suas condições de trabalho. Continuamos pressionados a fazer horas suplementares para além dos limites legais anuais, com equipas reduzidas e com irregularidades no respetivo pagamento, tendo em conta a confusão na aplicação da nova legislação pelas instituições. Por outro lado, assiste-se ao atraso e atropelos nos concursos na contratação de novos médicos no SNS.
A FNAM tem apontado as soluções capazes de atrair médicos para o SNS, através de salários justos e condições de trabalho dignas, mas o MS da Saúde de Ana Paula Martins prefere retroceder num caminho que tem condenado as grávidas a percorrer centenas de quilómetros, a terem partos longe da área de residência e nas ambulâncias, devido ao encerramento sistemático de serviços de urgência, por falta de médicos. Continuamos a ter 1.6 milhões de utentes sem médico de família e os médicos de Saúde Pública escasseiam para as funções necessárias.
Além disso, o MS de Ana Paula Martins tem escalado o conflito com vários intervenientes no ecossistema do SNS, do INEM às administrações hospitalares, outros profissionais de saúde e utentes.
A FNAM é assim empurrada a convocar dois dias de greve geral, a 24 e 25 de setembro, com manifestação nacional no dia 24, em frente ao Ministério, para a qual convidamos os demais profissionais de saúde, utentes e a população em geral, para ao nosso lado virem defender o SNS.
É prioritária a valorização das grelhas salariais para todos os médicos, o regresso às 35 horas de trabalho semanais e das 12 horas em serviço de urgência, a reintegração do internato na carreira médica e a criação de um regime de dedicação exclusiva, opcional para todos os médicos e devidamente majorada. Lutamos ainda pela reposição dos 25 dias úteis de férias, e dos 5 dias suplementares se gozados fora da época alta. É crucial o redimensionamento das listas de utentes dos médicos de família e a negociação dos índices de desempenho da equipa e de complexidade do utente. Reivindicamos ainda a atualização do suplemento de Autoridade de Saúde e a aplicação uniforme do regime de disponibilidade permanente.
Renovámos a greve médica ao trabalho suplementar nos cuidados de saúde primários até ao fim do ano (pré-aviso aqui), e reforçamos o apelo à entrega de declarações de indisponibilidade para a realização do trabalho suplementar para além dos limites legais anuais (minutas disponíveis aqui).
Queremos assinalar a data da comemoração dos 45 anos do SNS com a luta que o tem defendido, e por isso continuamos a exigir uma Ministra que sirva o SNS, e que se abra caminho às soluções para atrair médicos para o SNS, devolvendo ao país um SNS na plenitude das suas capacidades: público, universal, gratuito e de excelência.
Consulte o aviso prévio de greve e as FAQs.
A FNAM providencia transporte gratuito para a manifestação do dia 24, às 15h00, no Ministério da Saúde. Inscrições aqui.
Doctors go on strike in Portugal [September 24th and 25th]
Eighteen months ago, doctors in Portugal began strike action, calling for a 30% pay increase to restore our pay before troika times in 2008 and to improve working conditions. We are pushed to go on strike once again due to the intransigence of the Portuguese Government to negotiate solutions to attract doctors into the National Health Service (NHS).
Due to the lack of doctors, obstetrics and pediatric emergency rooms are often closed, forcing pregnant women and children to travel many miles and dozens of babies are being born in ambulances. In Portugal we have more than 1.6 million citizens without a family doctor and lack of palliative care and in the end of life.
Doctors in Portugal are among the lowest paid in the European Union. Therefore we are quitting the NHS in exchange to the private sector, working in outsourcing and emigration.
The National Federation of Doctors (FNAM) has called a strike for 24 and 25 September, scheduling a demonstration in front of the Ministry of Health for the first day of the strike, where we call all doctors, other health professionals and general population to take action together against the chaos in the NHS, established by the Ministry of Health. We demand the returning of a public, universal, accessible and quality NHS for the entire population.
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