Webinar sobre dedicação plena e grelhas salariais

Médicos rejeitam Dedicação Plena e as Grelhas Salariais propostas pelo Governo

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Cerca de 400 médicos participaram em Webinar sobre as propostas de Dedicação Plena e as Grelhas Salariais apresentadas pelo Ministério da Saúde

Depois do primeiro Webinar do Tour da FNAM sobre a nova legislação das Unidades de Saúde Familiar (USF), decorreu ontem o segundo, sobre as propostas de regime de Dedicação Plena e as grelhas salariais apresentadas pelo Ministério da Saúde. No decorrer do debate, os médicos reafirmaram a sua posição de empenho em defesa do SNS, recusaram a ideia de que esta é uma boa proposta quer para os médicos quer para os utentes, e deixaram claro que vão continuar sem aceitar exceder o limite legal das 150 horas suplementares por ano. Esperando que até lá sejam conhecidos os documentos aprovados, irá voltar ao tema da Dedicação Plena do Governo, e analisar as implicações para os médicos.

Com uma adesão muito significativa, no dia 28 de setembro, cerca de 400 médicos participaram no “Webinar sobre a Dedicação Plena e as grelhas salarias”, onde foram abordadas em profundidade as intenções legislativas do Ministério da Saúde e do Governo. 

A sessão começou com uma apresentação e análise da FNAM sobre o anteprojecto de dedicação plena dado a conhecer à FNAM no dia 7 de setembro. Foram também apresentadas as propostas defendidas pela FNAM no decorrer das negociações: um regime de dedicação exclusiva, opcional e devidamente majorado  uma atualização salarial transversal para todos os médicos, sem exceção, capaz de acompanhar a inflação e de compensar a perda de poder de compra, agravada por 12 anos de congelamento salarial. 

No decorrer do debate, vários participantes colocaram as suas questões e viram esclarecidas as suas dúvidas relativas a um processo que o Governo insiste em levar para a frente de forma unilateral, sem o acordo dos médicos, e que continua a suscitar inúmeras reservas, conforme ficou amplamente demonstrado neste Webinar.

Ao longo do Webinar foi claro que as propostas pelas quais a FNAM se bateu na mesa negocial têm o apoio dos médicos, que querem ficar no SNS com boas condições de trabalho e confirmamos, uma vez mais, a forte mobilização dos médicos para recusem exceder o limite legal das 150 horas de trabalho suplementar anuais, exercendo a profissão e assistindo os utentes sem estarem condicionados pela exaustão. Ficou também claro que os médicos não pretendem aderir ao regime de dedicação plena apresentado pelo Ministério no dia 7 de setembro, e exigem uma revisão do acordo coletivo de trabalho que defenda a carreira médica e do SNS.

Sentimos todos os médicos empenhados e unidos na luta pela defesa e valorização da carreira médica e do SNS e uma grande vontade em aderir às próximas greves, para todos os médicos, a 17 e 18 de outubro e a 14 e 15 de novembro. 

* O terceiro Webinar, marcado inicialmente para o próximo dia 10 de outubro, será reagendado.