Continua a impunidade da acção persecutória dos nomeados políticos nas unidades de saúde
Ontem, a administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, por intermédio da sua directora clínica, chamou um médico, director de um dos serviços de medicina do Hospital de Beja e director do departamento das especialidades médicas, e comunicou-lhe que estava demitido, sem apresentar qualquer fundamentação.
Tratou-se de uma comunicação verbal e sem qualquer deliberação escrita, o que torna tal acto desprovido de legitimidade legal.
No entanto, o que está em causa em mais esta grave situação é a total impunidade de actuação de grupos de nomeados políticos que utilizam os serviços públicos de saúde como se de feudos pessoais se tratassem.
O médico em causa é um profissional prestigiado, com um longo percurso profissional e que tem desenvolvido uma intensa acção pessoal e profissional na dinamização e diferenciação crescente dos hospitais referidos como distritais.
Perante mais este escândalo, o Sindicato dos Médicos da Zona Sul exige a imediata intervenção do Ministério da Saúde na regularização legal desta situação, bem como a inevitável responsabilização dos autores deste processo persecutório inqualificável.
O Sindicato dos Médicos da Zona Sul desenvolverá todos os esforços no apoio judicial a este médico, promovendo uma ampla denúncia deste processo indigno num Estado democrático e de direito.