Médicos em serviço de urgência

FNAM mantém greve a 5 e 6 de julho e abre possibilidade a greve no início de agosto

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) reuniu o seu Conselho Nacional no dia 1 de julho, no Porto, para analisar o rascunho do Ministério da Saúde e discutir novas medidas luta, decidindo manter a greve de 5 e 6 de julho e não excluir uma greve na primeira semana de agosto.

O Ministério da Saúde apresentou um rascunho de proposta no último dia do protocolo negocial, a 30 de junho. Trata-se de uma proposta que apenas valoriza dignamente o trabalho de alguns médicos. Para a FNAM, não se pode excluir os médicos internos – um terço da força de trabalho médico no SNS –, os médicos das Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados, boa parte dos médicos hospitalares e os médicos de Saúde Pública. Um acordo terá de englobar todos os médicos, sem exceção.

Havendo um excedente orçamental e sendo o SNS o garante dos cuidados de saúde em Portugal, é fundamental que o Ministério das Finanças desbloqueie as verbas necessárias e que o Ministério da Saúde tenha a vontade política de implementar as medidas necessários para os médicos.

A FNAM mantém-se completamente disponível para negociar e para chegar a um entendimento. Por isso, vai apresentar a sua contraproposta ao Ministério da Saúde, havendo já duas reuniões agendadas, para 7 e 11 de julho.

No entanto, face ao adiar constante das soluções – e à proposta insatisfatória que recebemos –, a FNAM mantém a sua greve de 5 e 6 de julho e não exclui uma nova greve nacional na primeira semana de agosto.

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