Médicos moçambicanos em luta por condições de trabalho

Solidariedade com os médicos em Moçambique

Tal como em Portugal, os médicos em Moçambique estão em greve e em luta por melhores condições de trabalho, aumento de salário, bem como o pagamento de horas extraordinárias devidas pelo Estado. Defendem igualmente a ideia de haver um Serviço Nacional de Saúde acessível a todos os cidadãos e de qualidade.

Leonel Andela, porta-voz dos médicos em greve, explica que “esta luta não é só da classe médica. Esta luta é pelo Serviço Nacional de Saúde. Nem todos os moçambicanos têm condições para pagar assistência médica numa clínica privada, nós temos que ter hospitais com um mínimo de condições. Pedimos para que os doentes e a sociedade civil no geral se juntem a esta luta”.

Face à coragem dos médicos em luta em condições particularmente difíceis, a FNAM fez chegar a sua solidariedade, algo que também fizemos relativamente à luta dos médicos britânicos na defesa do National Health Service (SNS).

Assim, em nome da FNAM, saudamos todos os médicos moçambicanos que saíram à rua nos dias 5 de agosto em Maputo e 12 de agosto em Sofala, ao fim de praticamente um mês em greve e sem respostas às suas reivindicações, na caminhada em que assumem que “quem cuida também precisa de ser cuidado”.

Prezamos e queremos desenvolver e aprofundar a dimensão internacionalista da luta pela ideia generosa de que, para assegurar Serviços Nacionais de Saúde, a primeira medida terá de ser cuidar e defender a qualidade da carreira médica, as suas condições de trabalho, a justa valorização salarial e a sua perspetiva de futuro.

© FNAM - Federação Nacional dos Médicos