Os sindicatos dos médicos contabilizaram um impacto na casa dos 80% de adesão à greve nos hospitais e centros de saúde. Os responsáveis fazem um balanço positivo da paralisação.
Declarações de Jorge Roque da Cunha, SIM; Mário Jorge Neves, FNAM.
O Ministério da Saúde e o governo, através do seu programa, têm o compromisso público de criar 100 novas USF até ao fim do respetivo mandato. Apesar disso, ainda não foi publicado o despacho conjunto do Ministério da Saúde e do Ministério das Finanças que devia prever o número de Unidades de Saúde Familiar (USF) a criar neste ano de 2017 e deveria ter sido publicado até 31 de janeiro. Logo, em 2017, ainda nem uma USF foi criada, comprometendo a meta de 25 novas USF para 2017!
Tendo em conta a catástrofe decorrente da vaga de incêndios que assola o nosso país e que já provocou dezenas de mortes e de feridos, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) entendem ser seu dever cívico, deontológico e humano adiar a greve dos médicos marcada para esta semana, dia 18 de Outubro, para a Região Centro.
Aproveitam para manifestar a sua activa solidariedade com as famílias atingidas e os sentidos pêsames.
Documentos assinados pelos sindicatos médicos e o Governo Regional da Madeira no âmbito do acordo negocial concretizado a 29/9/2017 – Normas particulares sobre organização e disciplina de trabalho para a carreira médica.
O Sindicato Independente dos Médicos-SIM e o Sindicato Médicos da Zona Sul (FNAM) assinaram hoje um importante acordo, desta vez com o Governo Regional da Madeira e o SESARAM.
Deste modo consolidamos a contratação coletiva, instrumento essencial para o fortalecimento da democracia e o robustecimento da Carreira Médica.
Depois de dois anos em que os sindicatos médicos solicitaram múltiplas reuniões com o Ministério da Justiça para a abertura de um processo negocial em torno da organização do trabalho dos médicos de Medicina Legal, iria hoje realizar-se, finalmente, a referida reunião. Numa atitude sem precedentes em processos reivindicativos desta natureza, o Ministério da Justiça decidiu ontem anular a reunião, avisando somente uma das organizações sindicais, o que determinou que a delegação da FNAM só tenha tomado conhecimento desta situação na recepção do referido ministério. LER COMUNICADO CONJUNTO FNAM/SIM
Há mais de um ano e meio que os sindicatos médicos têm desenvolvido empenhados esforços para negociar com o Ministério da Saúde e com o Governo.
Nesta negociação, os sindicatos médicos colocaram, entre diversas outras, três matérias elementares que constituem uma mera reposição de enquadramentos laborais anteriores à presença da Troika no nosso país e que mesmo assim têm sido peremptoriamente negados pela delegação governamental:
Num vasto leque de reivindicações que, repetimos, têm como denominador comum a qualidade do Serviço Nacional de Saúde através da valorização da Carreira Médica, os sindicatos médicos aceitaram calendarizar a sua discussão e negociação entre o passado mês de Março e o final deste mês de Setembro.
Em Maio passado os sindicatos médicos foram confrontados com uma ruptura negocial por parte da delegação governamental em torno das seguintes matérias:
1º Redução do limite anual de trabalho suplementar obrigatório de 200 para 150 horas;
2º Redução do período normal de trabalho em serviço de urgência de 18 para 12 horas semanais;
3º Redução das Listas de utentes dos Médicos de Família de 1900 para 1550 utentes;
A 10 e 11 de Maio, os médicos foram obrigados a realizar uma greve nacional.
Não houve acordo com o Ministério da Saúde e os médicos avançam para a greve. Greves regionais que começam a 11 de Outubro na região Norte, na região Centro é a 18 de Outubro e na região Sul a 25 de Outubro.
Declarações de Jorge Roque da Cunha, Sindicato Independente dos Médicos, Mário Jorge, Federação Nacional dos Médicos.
Os médicos vão fazer greve marcaram protestos para os dias 11, 18 e 25 de outubro no norte, centro e sul. No dia 8 de novembro fazem mais um dia de greve nacional.
Declarações de Jorge Roque da Cunha, Sind. Independente dos Médicos; Mário Jorge Neves, Federação Nacional Médicos.
TVI 24{videobox}http://www.smzs.pt//images/2017/09/71364077.mp4{/videobox} Os médicos admitem fazer greve na segunda semana de Outubro. O anúncio foi feito pelo presidente da Federação Nacional dos Médicos. Mário Jorge Neves explica que existe uma predisposição e uma indignação muito forte por parte dos médicos, para enveredarem por novas formas de luta.
Os médicos admitem fazer uma greve geral com uma concentração em Lisboa no final de Outubro, o cenário foi discutido numa reunião geral ontem à noite em Lisboa. Os clínicos mantêm o prazo de negociações com o Governo até ao final deste mês, mas avisam que se não houver novidades, avançam mesmo para a greve diz o presidente da FNAM Mário Jorge Neves.
A situação da Ortopedia do Centro Hospitalar Lisboa Central é preocupante e exige uma urgente intervenção!
Por razões de segurança para os cidadãos e de qualidade na prestação dos cuidados médicos na especialidade de ortopedia, a Ordem dos Médicos, entidade pública a quem estão atribuídas competências legais nestas matérias, tomou a deliberação em 8/7/2016 de definir os requisitos elementares quanto à constituição das equipas de urgência desta especialidade médica.
Nesse sentido, deliberou que as equipas deveriam ter escalados em cada 24 horas 4 médicos ortopedistas.
Ora, o que está a acontecer, desde há vários meses, nesta unidade hospitalar que dispõe da sua urgência no Hospital de S. José, é que são escalados 2 ou 3 médicos para o mesmo período de 24 horas.
Continua o escândalo no Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Santa Maria e a administração hospitalar e o Ministro da Saúde remetem-se ao silêncio mesmo perante situações de intolerável promiscuidade de interesses públicos e privados e de falsificação curricular.
Realizou-se ontem uma reunião entre as duas organizações médicas, SIM e FNAM, e uma delegação do BE constituída pela sua coordenadora nacional Catarina Martins e pelo deputado Moisés Ferreira.
Esta reunião permitiu, à semelhança das anteriores, que as duas organizações sindicais médicas transmitissem a avaliação que fazem da situação actual com que se defronta este sector profissional, bem como as perspectivas de evolução conflitual que começam a tornar-se irreversíveis.
A coordenadora nacional do BE transmitiu a posição de que o BE vai defender o reforço do OE para a Saúde que reponha os níveis de investimento em relação à percentagem do PIB, que acompanham e apoiam as reivindicações gerais das organizações médicas, nomeadamente as que assentam na perspectiva da defesa e do reforço do papel insubstituível do SNS, e que consideram indispensável repor gradualmente as listas de utentes dos médicos de família em 1550, de modo a assegurar a efectiva prestação dos cuidados de saúde às famílias e não a mera inscrição na lista.
Foi ainda sublinhado pela coordenadora nacional do BE que o acordo assinado para a viabilização parlamentar do actual Governo estabelece o integral descongelamentos das Carreiras e dos seus níveis salariais até ao final desta legislatura.
Lisboa, 8/9/2017
Comissão Executiva da FNAM | Secretariado Nacional do SIM
Realizou-se hoje uma reunião entre as duas organizações médicas, SIM e FNAM, e uma delegação da UGT constituída pelo seu secretário-geral, Carlos Silva e os seus secretários-gerais adjuntos Dina Carvalho e Sérgio Monte.
Esta reunião permitiu, à semelhança das anteriores, que as duas organizações sindicais médicas transmitissem a avaliação que fazem da situação actual com que se defronta este sector profissional, bem como as perspectivas de evolução conflitual que começam a tornar-se irreversíveis.
A delegação da UGT referiu com particular enfâse a sua defesa da Contratação Colectiva e a sua exigência de que não existam quaisquer bloqueios ao seu legal desenvolvimento, como está a acontecer com os médicos.
Sublinhou também que se identifica com as legítimas reivindicações dos sindicatos médicos, assinalando uma coincidência de perspectivas com os sindicatos médicos quanto à defesa empenhada do Serviço Nacional de Saúde, da contínua melhoria das qualificações profissionais e da alteração substancial das condições de trabalho que tornem os serviços públicos de saúde atractivos para os vários sectores profissionais.
As delegações sindicais presentes concordaram na necessidade em desenvolver no futuro contactos regulares que permitam assegurar uma intervenção activa, designadamente em torno do processo de descongelamento das carreiras profissionais e das suas grelhas salariais.
Lisboa, 4/9/2017
Comissão Executiva da FNAM | Secretariado Nacional do SIM